quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Idosos Sedentários perdem Força Muscular



Idosos que passam grande parte do tempo assistindo televisão apresentam perda da força muscular. É o que aponta pesquisa feita em São Caetano pela Secretaria de Estado da Saúde e o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul). Participaram do estudo 159 pessoas com idade média de 74,2 anos.

Durante a elaboração do levantamento, os participantes utilizaram um aparelho chamado
pedômetro, que faz a contagem dos passos dados durante o dia. O equipamento só podia ser retirado durante o banho e para dormir.

Em uma semana, foi registrada média de
9.957 passos dados e de 432,9 minutos em frente ao televisor. Isso equivale à cerca de sete horas diárias assistindo à telinha. Após testes de aptidão física e a comparação do tempo parado com a força dos membros inferiores apontou diminuição da capacidade muscular em 26%.

“O
músculo precisa ser estimulado. Quando ele não é usado, atrofia. É a lei do desuso. O músculo está lá, mas com menos força”, comenta profissional de Educação Física Timóteo Araújo, presidente do Celafiscs. O especialista salienta que os impactos do sedentarismo são observados em pessoas de qualquer faixa etária, mas em idosos os efeitos são ainda mais agressivos.

Para manter a força, Araújo recomenda no mínimo
30 minutos diários de atividades aeróbicas, como a caminhada, por exemplo. Em dois dias da semana, pelo menos, é indicada a realização de exercícios de fortalecimento muscular.

Os
resultados começam a aparecer em pouco mais de 12 semanas. “O idoso vai ter mais autonomia, ou seja, vai conseguir fazer sozinho atividades como levantar da cadeira, pegar objetos e se vestir. Além disso, evita-se o risco de queda, já que a pessoa terá mais facilidade para ficar em pé”, explica.

O
casal de aposentados Bolívar de Souza, 80 anos e Thereza Finotti, 78, providenciou um jeito agradável de se cuidar e garantir a diversão. Eles frequentam os bailes realizados no Cise (Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade) João Nicolau Braido, no bairro São José, em São Caetano.

Dançar melhora muito a nossa saúde. Se não fosse isso, acho que já teríamos ido embora”, brinca Thereza. Para Souza, a festa é uma ótima oportunidade de cultivar amizades e, claro, namorar.

O
presidente do Celafiscs apoia a dança como atividade física. “É aeróbica. Além disso, mexe com a questão do ritmo e da coordenação.”

Além da
dança, o Cise oferece hidroginástica, basquete, vôlei, bocha e bilhar, além de manicure, atendimento médico e aulas de cinco idiomas (português, inglês, francês, alemão e italiano). Todas as atividades são gratuitas e voltadas para pessoas com mais de 50 anos. O coordenador do espaço, José Rodrigues Loureiro, estima que cerca de 1.000 pessoas passem pelo local diariamente. A piscina, frequentada por 600 idosos, é o carro-chefe. A cidade tem outros três centros para a terceira idade, nos bairros Santa Paula, Nova Gerty e Olímpico. Informações Diário do Grande ABC.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Bolachas Recheadas podem Ser tão Viciantes quanto Cocaína


Um estudo um pouco assustador do Connecticut College explica porque você às vezes é absolutamente incapaz de parar de comer bolacha recheada depois de dar uma mordida em uma. A culpa não é sua: cientistas comprovaram que Oreos são tão viciantes quanto cocaína para ratos de laboratório. Comer os biscoitos, aliás, ativa mais neurônios no centro de prazer do cérebro do que usar cocaína ou morfina.

O estudo, cujo objetivo inicial era estudar o potencial de vício de alimentos com altos índices de gordura e açúcar, descobriu que o cérebro dos ratos cria uma associação tão poderosa entre os efeitos prazerosos de comer um Oreo e um ambiente específico quanto a associação feita ao tomar cocaína ou morfina. "A pesquisa sustenta a teoria de que alimentos altos em gordura e açúcar estimulam o cérebro da mesma maneira que drogas fazem", disse o professor Josef Schroeder em uma declaração para a imprensa, "e pode explicar porque algumas pessoas simplesmente não conseguem resistir a esse tipo de comida mesmo sabendo que fazem mal", concluiu.

Oreos são o biscoito recheado preferido dos americanos e são altamente palatáveis para ratos. Os cientistas escolheram o biscoito porque dizem que alimentos com mais açúcar e gordura são fortemente anunciados em comunidades com status socioeconômico mais baixo. Daí, seria possível analisar o impacto destes alimentos em áreas pobres.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas colocaram os ratos em um labirinto. Do lado de cá dele, colocaram Oreos. Do outro, aqueles biscoitos de arroz (meio insossos, e os ratos parecem concordar). Daí, deixaram os ratos livres para que eles passassem quanto tempo quisessem do lado que preferissem. O Oreo ganhou, obviamente. Os resultados foram comparados a pesquisas que injetavam cocaína ou morfina nos ratos de um lato do labirinto, contra uma injeção de substância salina do outro lado. Ratos no labirinto de Oreo gastavam o mesmo tempo do lado do biscoito que os ratos condicionados com drogas.

Além disso, comer Oreos ativa muito mais neurônios na região do prazer no cérebro do que usar cocaína ou morfina. "Embora associemos vários perigos à saúde com usar drogas como cocaína e morfina, alimentos altos em gordura e açúcar podem apresentar um perigo maior ainda, porque são mais baratos e mais acessíveis", disse a neurocientista que teve a ideia do estudo, Jamie Honohan.
Ah: caso você tenha se perguntado, os ratos comem o recheio primeiro. Informações Revista Galileu.

domingo, 20 de outubro de 2013

Dormir limpa o Cérebro, diz Pesquisador


"É como uma máquina de lavar louça", disse Maiken Nedergaard ao falar sobre o cérebro dos ratos que ele observou em um experimento. O neurocirurgião e cientista da Universidade de Rochester descobriu que um fluxo de líquido cérebro-espinhal enxáguava os cérebros de roedores enquanto eles dormiam.

O estudo, publicado essa semana na Science, relata a descoberta de que, durante o sono, o cérebro das cobaias roedoras promove uma auto-limpeza, em um processo que pode reduzir o risco de Alzheimer e pode ser uma das primeiras explicações justas para a pergunta 'por que dormimos?'. 

Se isso for verdade também para humanos, nossa máquina de lavar louças cerebral seria capaz de explicar a até então misteriosa relação que existe entre distúrbios do sono e distúrbios cerebrais, incluindo Alzheimer. Uma das substâncias removidas durante a limpeza é o beta amiloide, que forma placas que estão associadas com a doença.

O cientista explica que esse processo de limpeza do cérebro foi comprovado em ratos e em babuínos, mas ainda não em humanos. De acordo com Nedergaard, o grupo de cientistas inicialmente notou que, durante o sono, o sistema que circula fluido cerebrospinal bombeava líquido para dentro e para fora do cérebro em um ritmo bem rápido. Durante o sono, as células cerebrais dos ratos encolhem, deixam mais espaço entre elas para que os fluidos circulem. 


Outra descoberta é que o fluido que enxágua o cérebro dos ratos durante o sono levavam embora toxinas que se acumulam nos espaços entre as células, substâncias que seriam prejudiciais ao cérebro. E isso explicaria porque é impossível pensar claramente se você virar a noite sem dormir e porque privação do sono pode matar. Informações Revista Galileu.

sábado, 12 de outubro de 2013

Você Nunca mais vai Escovar os Dentes do mesmo Jeito


Melhor pensar duas vezes antes de postergar a escovação depois do almoço ad infinitum. E o motivo não é só o mau hálito ou a conservação de um sorriso bonito. Uma boca bem cuidada tem mais a ver com a saúde do resto do corpo do que você supõe. A cada ano surgem novas evidências ligando problemas dentais a diabete, infecções pulmonares, males cardíacos e até parto prematuro. Isso ocorre porque a cavidade bucal é um tremendo ninho de bactérias: são pelo menos 700 espécies que convivem entre a dentição, a gengiva e a língua. Enquanto você usa frequentemente a escova e o fio dental — e visita o dentista para uma limpeza mais pesada pelo menos uma vez por ano —, os micro-organismos moram lá numa boa sem causar transtornos. Agora, basta um cuidado mais relaxado ou uma predisposição mais forte (algo que não tem como prever) para que as bactérias se multipliquem — daí a placa bacteriana — e cárie e gengivite comecem a fazer parte de sua vida. 

A inflamação da gengiva representa o principal perigo, inclusive porque é silenciosa. Vermelhidão e sangramento aparecem, mas raramente há dor. “O problema é que ela pode evoluir para um estágio que chamamos de periodontite, quando as bactérias atingem o tecido ao qual se prendem os dentes. Isso cria, com um tempo, uma bolsa entre a gengiva e o dente com uma carga bacteriana enorme”, explica o periodontista Cláudio Pannuti, da Universidade de São Paulo. E é a partir daí que não só a boca, cujos dentes podem cair se o mal não for remediado, mas todo o corpo fica bastante ameaçado: as bactérias podem se valer de fissuras na gengiva para penetrar na corrente sanguínea e ganhar acesso ao organismo. 

A relação entre encrencas na gengiva e no periodonto (esse tecido que dá suporte à dentição) e problemas a distância não é exatamente uma novidade para médicos e dentistas. De acordo com o periodontista Juliano Milanezi de Almeida, da Universidade Estadual Paulista, em Araçatuba, o pai da medicina Hipócrates já a mencionava no século 5 a.C. Mas o elo só entrou para a ciência moderna quando o cirurgião dentista americano Willoughby Dayton Miller publicou um artigo no final do século 19 intitulado A Boca Humana como Foco de Infecção. “O texto já propunha a ligação entre os micro-organismos orais e o desenvolvimento de abscessos cerebrais e complicações gástricas e pulmonares”, conta Almeida. Os seguidores de Miller passaram a defender a extração de dentes doentes como um meio de livrar o organismo de maiores danos sistêmicos. O movimento avançou até a década de 1950, quando acabou sendo revisto — nem sempre seria realmente necessário fazer essa retirada preventiva. 

No entanto, na última década, especialistas voltaram a examinar o elo, encontrando muitos dados que legitimam um maior cuidado com os dentes e a gengiva a fim de evitar problemas remotos. No coração, por exemplo. Uma extensa revisão de estudos capitaneada pela Universidade de Ciências e Saúde do Oregon, nos Estados Unidos, atesta o papel dos transtornos bucais, especialmente a gengivite e a periodontite, em danos ao sistema circulatório. O artigo conclui que quem tem periodontite apresenta um risco 34% maior de sofrer de uma doença cardiovascular, como um infarto, comparando com pessoas de gengiva saudável. Outras pesquisas acusam uma relação íntima entre a perda de dentes — consequência de anos de periodontite — e derrames. “Há dados apontando que adultos com um número igual ou menor do que 24 dentes possuem um risco 57% maior de ter um acidente vascular cerebral”, relata Ricardo Neves, diretor da Unidade de Odontologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o InCor. Geralmente, um adulto saudável dispõe de uma arcada dentária com 32 unidades. 

Outra ameaça ao peito incitada pelas bactérias da boca é a chamada endocardite, uma grave e potencialmente fatal inflamação no tecido que reveste as válvulas cardíacas. Se um indivíduo já tem uma lesão aí, os micro-organismos que escapam da gengiva podem fazer a festa. “Uma das condições básicas para que haja essa doença é a presença de bactérias na circulação e a boca é uma das principais portas de entrada para elas”, diz o cardiologista Max Grinberg, do InCor. O que assusta é que tudo leva a crer que as condições da boca do brasileiro, inclusive aquele que mais precisaria de uma higiene adequada, deixam a desejar. “Fizemos um levantamento no InCor com 1.000 pacientes que estavam na fila para cirurgia de válvula cardíaca e observamos que 18,5% deles apresentavam uma saúde bucal satisfatória. Os outros 80,5% tinham focos infecciosos ali e tiveram de ser tratados antes da operação”, conta Neves. 

ATAQUE INDIRETO 

Daquela legião de espécies bacterianas que habitam a cavidade bucal humana, não são muitas as que aterrorizam o corpo ao chegar à corrente sanguínea — entre as mais estudadas, destacam-se a Streptococcus viridans, a Porphyromonas gingivallis e a Bacteroides forsythus. Além de se envolverem diretamente em infecções e placas nos vasos, tais bichinhos complicam a vida de outras regiões por desatarem um intenso processo inflamatório. Embora essa seja uma reação natural de defesa, a liberação constante de substâncias inflamatórias pode incendiar áreas já acometidas por uma doença, caso dos pulmões e das articulações. “A alta presença de substâncias inflamatórias ainda facilita a formação das placas nas artérias, favorecendo o infarto”, diz o periodontista Giuseppe Alexandre Romito, da Universidade de São Paulo.

Essas partículas incendiárias, por assim dizer, também atormentam pessoas com diabete, condição marcada pela incapacidade de o açúcar ser levado para dentro das células do organismo. Há indícios de que a inflamação crônica da doença periodontal contribua para que a glicose fique sobrando no sangue, motivo de diversas complicações, algumas delas fatais. Em se tratando de diabete, aliás, pesquisas mostram que a encrenca é de mão dupla: o excesso de açúcar, por sua vez, fomenta a ação das bactérias na gengiva. Já deu pra perceber que isso cria um círculo vicioso, capaz de resultar na queda dos dentes e em picos de glicose no sangue. 

Mesmo quem não tem diabete precisa cuidar bem da boca se quiser ter um cérebro saudável com o avançar da idade. A inflamação detonada na zona bucal parece acentuar casos de déficit cognitivo na maturidade. Um trabalho da Universidade West Virginia, nos Estados Unidos, com dados de uma comunidade de pessoas acima de 60 anos, revela que quadros de deterioração dos dentes e da gengiva estão diretamente relacionados com piores índices de memória e raciocínio lógico nessa faixa etária.

Da mesma forma, o mau estado bucal também se torna um vilão para as grávidas. Tanto o processo inflamatório como as bactérias já são acusados por pesquisas de patrocinar o parto prematuro, quando o bebê nasce com menos de 37 semanas. “Os micro-organismos podem chegar à placenta e estimular que ela rompa antes do tempo, acelerando o nascimento da criança”, explica Romito. Gestantes, portanto, precisam levar à risca o conselho de dar atenção à sua boca — recado que, depois das evidências apresentadas por aqui, se estende para todo mundo, das crianças aos mais velhinhos. Lançar mão do fio dental e caprichar na escovação pelo menos três vezes ao dia são formas de não apenas deixar os dentes impecáveis, mas prevenir problemas e complicações que, só na aparência (e só na aparência mesmo), não parecem ter nada a ver com a sua cavidade bucal. Informações Revista Galileu.



 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Brasileiros têm Dificuldades para Identificar Nutrientes em Rótulos de Alimentos


Um estudo proposto pela organização Consumers International e realizado no Brasil através do Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec), revela que os brasileiros têm dificuldade na hora de identificar informações nutricionais no rótulo de embalagens. A pesquisa mostrou que, dentre os 786 participantes, apenas 28% conseguiram indicar corretamente a quantidade de gorduras, açúcares e sal em biscoitos. 

O teste, feito online, pedia que o participante analisasse imagens de pacotes de bolachas do tipo ‘água e sal’ de marcas famosas, vendidas na maior parte dos mercados. Dos países analisados na pesquisa (entre eles nações da América, Ásia e Europa), o Brasil teve o pior desempenho. No entanto, na segunda parte do estudo, quando as embalagens dos produtos foram modificadas para mostrar uma espécie de ‘semáforo nutricional’, que classifica a presença de nutrientes a partir de cores a taxa de acerto subiu para 84%, o que indica que o problema é o tipo de sinalização usada hoje. 

O semáforo nutricional ‘traduz’ a quantidade de cada substância do alimento usando cores de sinais de trânsito. Verde significa um nível saudável, amarelo seria o nível limítrofe e o vermelho indica um número superior ao recomendado por nutricionistas. “Como cada nutriente tem um valor específico para ser considerado alto, médio ou baixo, o ideal seria que as embalagens tivessem um semáfaro indicando os níveis de gorduras saturadas, gorduras totais, açúcar e sal”, explica a pesquisadora e nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto. “O valor é sempre dividido por 100 gramas do alimento. Por exemplo, se uma porção de 100 gramas possui até 300 mg de sal, o valor é considerado baixo. Caso este valor entre 300 e 1500 mg, ele estaria no limite. Acima de 1500mg ele já receberia a classificação vermelha”, exemplifica. 

Para que essa forma mais clara de apresentação das informações nutricionais seja aplicada no Brasil, é necessário mais do que a aprovação do órgão regulamentador de alimentos, a Anvisa. “Como os alimentos que circulam no Brasil são importados e exportados através do Mercosul, todas as nações integrantes precisariam aprovar a medida”, conta Ana Paula. Segundo a nutricionista, atualmente algumas empresas colocam de forma voluntária a informação sobre a quantidade dessas substâncias de forma mais destacada na embalagem dos produtos - mas apenas os valores, sem indicar se eles estariam acima ou abaixo do limite. Ainda de acordo com Ana Paula, em agosto o Idec deverá divulgar um relatório ainda mais detalhado sobre a compreensão do consumidor em relação às informações nutricionais. 

Outra polêmica envolvendo embalagens 

Um segundo estudo realizado pelo Idec com embalagens de alimentos à base de milho, populares durante as Festas Juninas, mostra que a norma de identificação de transgênicos ainda não é cumprida. Ligando para o SAC de diferentes marcas, os pesquisadores ficaram sabendo que das quatro marcas analisadas, duas não indicavam a presença de transgênicos em produtos geneticamente modificados. Ou seja, o consumidor precisa ligar para o atendimento ao cliente para ter uma informação sobre algo que já devia estar descrito na embalagem. 

“Uma das empresas, que havia confirmado através do SAC ter ingredientes transgênicos, depois negou este fato. E confiamos na honestidade das empresas para realizar a pesquisa. Então a não ser que o consumidor tenha acesso a um laboratório, é impossível precisar se existem transgênicos ou não”, afirma Ana Paula. Ela conta que, mesmo para profissionais, é difícil identificar a transgenia - a origem de cada ingrediente do produto precisa ser revelada e a matéria prima precisa ser analisada. “A única solução é estimular uma mobilização do consumidor para que tenhamos essa maior transparência”. 

Ao mesmo tempo, está em trâmite um Projeto de Lei que revoga a obrigatoriedade da identificação dos transgênicos. De autoria do Deputado Federal Luiz Carlos Heinze, o texto está para ser votado na Câmara dos Deputados desde 2008 - confira o texto na íntegra aqui. Atualmente, o Idec realiza uma campanha para que consumidores entrem em contato com os Deputados manifestando seu desejo de que a lei seja mantida através deste site. 

Vale lembrar que, de acordo com o Decreto Federal nº 4.680/2003, qualquer alimento que tenha 1% de ingredientes de procedência transgência deve ter, em sua embalagem, o símbolo da transgenia, uma identificação do tipo de transgênicos usados e a informação sobre a espécie doadora. E estima-se que, no Brasil, 89% da soja e 76% do milho plantados são modificados geneticamente. Informações Revista Galileu.




Qual é a Influência das Emoções no Sistema Digestivo?


Diga-me como te sentes, que te direi como anda sua digestão. A medicina sabe hoje que existe uma conexão direta entre o cérebro e o sistema digestivo e mais: que as emoções podem determinar, entre outras coisas, se seu intestino é preguiçoso ou acelerado dependendo do seu humor e estresse. 

Isso acontece porque existe uma conexão íntima entre o cérebro e nossas entranhas, mediada pelo hipotálamo e o nervo vago, o que faz com que as emoções se reflitam rapidamente lá embaixo. 

A origem embriológica do cérebro é o intestino, segundo o gastroenterologista Ricardo Barbuti. “A comunicação é tão íntima que falamos hoje em cérebro intestinal”, afirma. Não por acaso, existe uma rede de 100 milhões de neurônios no chamado sistema entérico, e quase toda a serotonina (hormônio do bem-estar) produzida pelo corpo vem do intestino, e não do cérebro. 

É lá também onde se fabricam 80% das defesas do organismo, além de uma grande quantidade de hormônio do crescimento, também conhecido como GH. 

E o equilíbrio entre cabeça e barriga é frágil. Qualquer interferência pode causar cólica, diarreia, gastrite, úlcera e até doenças mais sérias, como a síndrome do intestino irritável. 

Veja abaixo como uma dor de cabeça pode acabar virando dor de barriga. 


Informações Revista Galileu.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sete Alimentos Transgênicos que você Deveria Evitar

O que você sabe sobre alimentos transgênicos? Não muita coisa, certo? Pois é. Trata-se de um assunto sobre o qual há muito desinformação. Há uma ideia geral de que alimentos transgênicos podem ser prejudiciais à saúde, e no entanto, a maioria das pessoas não faz ideia de que boa parte da sua alimentação tem componentes feitos a partir de alimentos geneticamente modificados.

As grandes indústrias de bioengenharia regularmente desenvolvem pesquisas que negam a toxicidade de produtos geneticamente modificados. ONGs, nutricionistas e gurus da alimentação saudável, por sua vez, recomendam incisivamente que optemos por produtos orgânicos, isso é, sem agrotóxicos e bioengenharia, porque transgênicos causariam danos ao meio ambiente e aumentariam nossa propensão a ter alergias, entre outras coisas.

Enquanto não temos certeza sobre quem está certo, a regra deveria ser uma só: transparência. Todo mundo deveria ser capaz de identificar facilmente alimentos produzidos através de bioengenharia, no rótulo, para poder escolher se quer ou não consumi-los.

Na prática não é isso que acontece, e por isso nós te ajudamos a identificar, entre as coisas que você come, as 10 que quase com certeza contém elementos transgênicos:


Aspartame. O aspartame é feito a partir de três ingredientes: aspartate, fenilanina e mentol. Os três são conhecidos por serem transgênicos. Mas essa nem é a parte mais assustadora do aspartame. Esse adoçante artificial é uma neurotoxina e seu uso constante pode afetar o cérebro e o sistema nervoso. E não esqueça que ele também está presente em refrigerantes e sobremesas diet.


Óleo de Canola. A canola é uma planta que... Não, espera. Por essa você não esperava, mas acho que você nunca parou pra pensar que nunca ouviu falar de uma planta chamada Canola, né? É que ela não existe. Óleo de Canola não vem de uma planta chamada Canola. Canola é uma abreviação das iniciais de Canadian Oil Low Acid (Óleo canadense baixo em ácido) e ele é feito a partir de uma variedade de uma planta chamada Olza, que foi fertilizada de maneira cruzada por cientistas canadenses, até que eles chegassem em uma versão da semente que fosse mais baixa em um ácido tóxico que é parte do óleo da planta. Hoje em dia, cerca de 80% da Olza planta nos EUA para esse propósito é transgênica para se tornar mais resistente a pesticidas.


Milho, amido de milho, xarope de milho: 85% do milho produzido no Brasil e nos EUA é transgênico. E você pode dizer "tudo bem, eu nunca como milho", mas se está dizendo isso é porque não tem lido os rótulos daquilo que come. Derivados do grão, como o amido de milho (corn starch, em inglês) e o xarope de milho (conhecido como high frutose corn syrup) estão presentes em quase todos os alimentos processados que você encontra no supermercado. Há suspeitas de que o amido e o xarope de milho causem danos aos orgãos.


Margarina. O substituto vegetal da manteiga é feito de canola geneticamente modificada ou de outros óleos vegetais processados e é rica em gordura trans, que você já cansou de ouvir o quanto faz mal. Gordura hidrogenada pura, a margarina e difere do plástico em apenas uma molécula. Dizem que se você deixar um pote de margarina aberto fora da geladeira, nem uma mosquinha chega perto. É pra se pensar.



Leite. O gado leiteiro de produção em larga escala é alimentado, muito frequentemente, com farelo de soja - proveniente de uma variedade geneticamente modificada do grão. Além disso, fazendeiros injetam no gado um hormônio de crescimento transgênico, que aumenta a produção de leite mas também o número de infecções nas vacas. Essa infecção, às vezes, vaza para o leite que você toma. 


Salsicha. Você já cansou de escutar a quantidade de bizarrices encontradas na salsicha e provavelmente já ouviu aquele papo que diz "você não comeria mais salsicha se visse como ela é preparada". É que além da carne processada cuja origem a gente não quer nem adivinhar, salsicha contém na mistura o amido de milho sobre o qual falamos aqui em cima. 


Soja e Lecitina. No Brasil, Soja geneticamente modificada já foi ligada a uma série de problemas de saúde. A lecitina é um espessante feito a partir de soja presente em muitos produtos industrializados que você consome no dia-a-dia. E no Brasil, 92,4% das lavouras de soja são plantadas com sementes transgênicas, de acordo com essa matéria.

A lição que fica é: leia os rótulos daquilo que você consome e, sempre que possível, opte por alimentos orgânicos. Por conta de informações como as que você leu, cada vez mais gente tem se preocupado em saber a origem daquilo que come - nessa "chatice" pode residir a diferença entre um organismo saudável e um doente. Informações Revista Galileu.









terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estatuto do Idoso ampliou Direitos, mas algumas Ações ficam apenas no Papel

 
No Dia Mundial do Idoso, comemorado nesta terça-feira (1º), especialistas elogiaram o Estatuto do Idoso, que completa dez anos, considerado um marco importante na garantia de direitos dessa faixa etária. Entretanto, há consenso de que apesar do aumento expressivo de espaços para a participação do idoso na sociedade nos últimos anos, vários direitos continuam no papel.

Integrante do Conselho Nacional do Idoso, a médica Jussara Rauth esclareceu que o estatuto ampliou a Lei 8.842 (de 1994) e reconheceu direitos do idoso, com sanções e punições previstas para a família, as instituições e/ou o próprio Estado, caso sejam violados. Porém, segundo ela, faltam ações eficazes na questão do cuidado e da atenção.
“Encontramos nas políticas públicas mais fragilidades do que fortalecimento, pois a questão do envelhecimento ainda não é pauta de uma agenda política forte. Continuamos a ver a ênfase em políticas como da criança e do adolescente. Só que hoje temos um percentual de crianças diminuindo e de idosos aumentando significativamente”, comentou. “Precisamos de um equilíbrio, de uma compensação em cima das demandas sociais”.

A médica criticou ainda a hierarquização das responsabilidades em relação ao idoso, que ocorre na interpretação da lei. “Quando a família não pode dar conta, a responsabilidade é da sociedade e quando ela não dá conta, a responsabilidade é do Estado. Entretanto, a política diz que a responsabilidade é linear, ou seja, as três instâncias são complementares e articuladas”, declarou.

“Se não houver algumas ações de políticas públicas que deem suporte a essa família, ela não consegue cumprir o seu papel em relação ao idoso”, comentou Jussara ao lembrar que o fortalecimento do vínculo familiar é positivo para o idoso e para os parentes. “A família deve desfrutar dessa companhia não como um estorvo, que causa dificuldade, mas como uma pessoa com experiência de vida, vivências que podem ser passadas. O grande valor das pessoas idosas é a possibilidade de nos ajudar a compreender o presente com um retrato do passado”, lembrou a médica, ao defender uma mudança de paradigma na sociedade para que deixe de ver o envelhecimento como problema e o encare como um processo natural da vida que deve ser valorizado.

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Salo Buksman, o cumprimento do estatuto ainda não é uma realidade em muitos aspectos. “O estatuto foi uma iniciativa importantíssima, mas temos ainda muito caminho a percorrer para que a proteção do idoso seja efetivamente executada pela sociedade”, disse ele ao citar algumas arbitrariedades cometidas contra idosos, como a prática de alguns planos e operadoras de saúde de negar o direito de clientes idosos adquirir novos planos.

“Os planos de saúde não veem com bons olhos o idoso, por representar eventualmente um custo maior. Então lançam mão de todos os artifícios possíveis para que não tenham acesso ao seguro-saúde privado, o que é indecente, pois não se pode discriminar uma pessoa devido à sua faixa etária, o que é condenado no estatuto”, acrescentou.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), algumas empresas de planos de saúde não pagam comissão a corretores que vendem planos para idosos. A prática é proibida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas não está prevista na Constituição ou no Estatuto do Idoso. Informações Hoje em Dia.